domingo, 21 de fevereiro de 2010

Uma Critica que vale a pena ver
A salvação da história


Se de um lado “Viver a Vida” não tem agradado como era esperado, o talento de alguns atores parece ser a única chance de sucesso da trama

Os folhetins produzidos pela Globo sempre tiveram um destaque especial na mídia, mesmo quando estas histórias não chegam a dar os índices de audiência desejados pela emissora, vale destacar que isso tem acontecido por causa das excelentes produções dos canais concorrentes, tais como a Record, que tem investido muito em teledramaturgia, e por que não citar também o SBT, o qual se esforça na produção de novelas, contratando elenco e reativando a sua cidade cenográfica.

A novela “Viver a Vida”, que está sendo exibida pela Globo, desde que estreou tem sido alvo de críticas e também de elogios. O autor – Manoel Carlos – é respeitado no meio artístico por sua vasta produção de sucessos, mas desta vez algo emperra o desenvolvimento da história. O elenco, no geral, tem talento e experiência na arte, mas talvez o erro tenha sido na hora de juntar um talento ao outro. Muito se criticou a dupla Marcos (José Mayer) e Helena (Taís Araújo), daí o foco está mudando e decidiu-se por um novo par romântico, juntando Bruno (Thiago Lacerda) e Helena (Taís Araújo), mas o romance nem bem começou e já tem gente reclamando que a tal “química” entre eles não vai acontecer. Quem assistiu ao capítulo no qual eles dançaram juntos, pode comprovar que isso é mesmo verdade. E tem outros que não emplacam, tais como Renata (Bárbara Paz) e Felipe (Rodrigo Hilbert). Nada contra nenhum dos atores citados, mas que anda difícil de assistir, isso anda.

Outra onda de boatos vem assombrando a trama global; dizem que nos bastidores o clima anda tenso porque o papel de Alinne Moraes cresceu muito e, através de sua personagem Luciana, a atriz está se tornando a protagonista absoluta da trama. Bom, ela tem dado um show de interpretação e isso não se pode ignorar.

Paralelamente à tudo isso, os outros atores do folhetim tem dado o melhor de si frente aos desafios inerentes aos seus papéis. Este é o caso de Natália do Valle, por exemplo. Interpretando Ingrid, a mãe dos gêmeos Jorge e Miguel (Mateus Solano), quando “Viver a Vida” estreou, ela parecia ser secundária na história, no entanto cresceu de forma surpreendente e chega a ser emocionante algumas de suas atuações, principalmente quando o assunto é a sua genuína preocupação com os filhos. Tal preocupação faz com que seja, na maioria das vezes, preconceituosa e cruel.

O relacionamento de Ingrid com o marido e os filhos é surpreendente principalmente por causa da interpretação de Natália do Valle; é perceptível que a atriz coloca o coração nas cenas. E o mesmo pode-se dizer da atriz Lília Cabral. São estes detalhes que fazem com que valha a pena acompanhar o desenrolar da trama.

O papel de Ingrid será fundamental na recuperação de Jorge que vai ao fundo do poço quando “perder” Luciana para seu irmão Miguel. Assim, o público pode esperar mais show de cena.

Deixando de lado os bastidores do Projac e aterrisando no mundo real
Natália do Valle tem uma trajetória interessante. A atriz nasceu no Rio de Janeiro, em março de 1951. Ela cursava Filosofia, na USP quando decidiu-se pela carreira de atriz; a sua primeira novela foi “A Moreninha”, em 1975. O reconhecimento do público veio quando atuou em “Água Viva”, em 1980, interpretando Márcia Mesquita. Depois disso, foi um sucesso atrás do outro.

Vale a pena relembrar a Lúcia Toledo, de “Baila Comigo” (1981), a Sandra Rivoredo, de “Sétimo Sentido” (1982); a vilã Andréa, de “Cambalacho” (1986), que não hesitou em aplicar um golpe em sua própria irmã, Amanda (Susana Vieira) e roubar-lhe o marido, Rogério (Cláudio Marzzo). Cabe ressaltar aqui que Natália do Valle sempre irradiou uma beleza única e nesta novela exibiu as suas melhores formas. E tem ainda as personagens mais atuais, como a Letícia, protagonista de “Começar de Novo” (2004/2005); a Carmem, de “Páginas da Vida” (2006), e a Dra. Júlia, de “Negócio da China” (2008).

No teatro, ficou em cartaz durante seis anos com a peça “A Partilha”, de Miguel Falabella, além de outros espetáculos e participações no cinema.

Na vida pessoal, foi casada de 1981 a 1986 com o diretor Paulo Ubiratan, que morreu em 1998. Depois morou uma temporada em Londres, com seu segundo marido, o executivo Vasco Dias.

Natália do Valle não tem filhos e atualmente está solteira. Completamente avessa à badalações, é uma pessoa discreta e muito centrada em tudo o que faz. Vamos torcer para que a sua personagem na novela de Manoel Carlos tenha um final digno do talento de quem a interpreta.

[FONTE]

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